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terça-feira, 28 de junho de 2016

Exposição O Corpo da Cidade, de Lícia Arosteguy e Douglas Jung, na Galeria dos Arcos



A Secretaria da Cultura de Porto Alegre, através da sua Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia, inaugura no próximo dia 30 de junho, quinta-feira, às 18h, na Galeria dos Arcos da Usina do Gasômetro, a exposição O Corpo da Cidade, de Lícia Arosteguy e Douglas Jung. A exposição foi uma das contempladas pelo edital de ocupação das galerias de fotografia da SMC para o ano de 2016.
Tomando como base as relações entre o corpo e o espaço urbano, este projeto fotográfico tem como motor e foco principal a retratação do corpo como aspecto permanente e fator de construção da paisagem urbana em mutação. A potência dos espaços urbanos, sua função social e a sua utilidade no cotidiano das populações, está diretamente atrelada aos corpos físicos que ocupam esses espaços e que, por si só, são tão potentes quanto os próprios espaços.
As cidades contemporâneas mudam suas paisagens, fluxos de migração temporária e permanente, se expandem vertical e horizontalmente de acordo com as necessidades e a cultura das populações que as ocupam. Como agente detonador de todas essas mutações e adaptações do cenário urbano está o corpo, que por esse ponto de vista, aparece tanto como a razão de ser das transformações, quanto como uma parte diretamente afetada por elas.
Tendo em mente esse processo de alteração mútua, o projeto tem como objetivo apresentar o corpo como símbolo da potência das ações dele mesmo sobre o espaço urbano. A intenção é chamar a atenção para o fato de que o espaço da cidade está para ser ocupado e alterado pelo corpo e que, além disso, por debaixo de todas as camadas sociais, culturais, políticas e econômicas persiste o corpo como ele é: pele, músculos e ossos, com a mesma estrutura e funcionamento para todos nós cidadãos.



A permanência das relações entre o “corpo como ele é” e espaço urbano como ele se apresenta é, nesse caso, o que garante a fluência da interação e a mutação de ambos. Sendo o corpo o nosso ponto de vista permanente e observatório do mundo ao redor, pode-se dizer que nele está a nossa interface de acesso à cidade, e por consequência, ao observar a cidade e seus espaços, pode-se entendê-la como interface para acessar o corpo dos cidadãos, seus hábitos e sua cultura.
Conclusivamente, a permanência e a mutação nas relações entre corpo e espaço urbano é o que nos interessa questionar e retratar através de imagens que mostram a relação das duas partes, num contexto onde o corpo está, por um lado, despido de um aspecto que define a sua aptidão para circulação em espaços urbanos. Por outro lado, este mesmo corpo estaria impregnado de todo sentido e potência que a sua própria imagem carrega. A cabeça e o rosto aparecem cobertos, visando à possibilidade de identificação do indivíduo com o fator corpo, mais do que o fator identidade. Quando ocultos os fatores “identidade” e “sexo” e com recursos que universalizem a imagem do corpo, acaba-se por revelar e potencializar estritamente a relação entre o “corpo como ele é” e o espaço para o que ele serve e como se apresenta.
Visitação: 01 de julho a 07 de agosto de 2016
De terça a domingo, das 10h às 21h
Local: Galeria dos Arcos, Usina do Gasômetro, 5o Andar
Avenida Presidente João Goulart, 551 – Centro Histórico – Porto Alegre/RS
Entrada Franca