Facebook Galeria dos Arcos e Galeria Lunara

www.facebook.com/galerialunara



segunda-feira, 22 de novembro de 2010

... existem antiquários hoje em mim


Paraísos Perdidos Século XX

Uma pequena mostra do lifestyle da Avalanche
através de fotos, vídeos e objetos.


abertura dia 25 de novembro, às 19h30m

Galeria dos Arcos


a Galeria Lunara, no 5º andar também trará
trabalhos do coletivo Avalanche
e a Sala P F Gastal apresenta Mostra de Filmes
confira em



AVALANCHISMO

O coletivo de artistas Avalanche é de difícil definição: em primeiro lugar porque coletivo de artistas é pouco, eles são muito mais do que isso. Segundo porque tentar transpor para um texto a experiência Avalanche é reduzir a palavras a criatividade e a produção non-stop destas pessoas tão interessantes e talentosas.
Primeiro conheci o Gustavo Jahn e a Sissa Dullius. Éramos colegas da faculdade e formamos um grupo de amigos que queria realizar filmes em Super-8. O tempo foi passando, seguimos produzindo, ampliando nossos horizontes para outras técnicas e mesmo outros lugares. Aí um dia, eu vi o filme Eternau (2006). Acompanhei muito pouco da produção do filme (embora tenha tido a honra de ter feito a dublagem de uma fala em árabe) e daí o assisti como uma espectadora comum.
Nunca vou me esquecer do baque colorido e pop daquele filme feito com o supremo esforço de seus realizadores, porém tornado inesquecível pelo deleite visual, a narrativa surpreendente e pelas atuações vibrantes. E ao mesmo tempo que foi uma alegre surpresa ver um filme dirigido pelo Gustavo com um apelo tão popular (seus filmes anteriores tinham um viés mais intimista), me dei conta que ali tinha a mão de outro casal: Virgínia Simone e Matheus Walter.
Fora uma deliciosa amizade conquistada através dos anos, olho com muita admiração para esses dois (e também para os demais Avalanchicos: Carlos Dias, Antonio de Paula, Lia Letícia, Rochelle Zandavalli, só para citar alguns nomes). Além da equipe Avalanche supracitada, tem também os Avalanchistas: groupies ou colaboradores eventuais que, como eu, circulam pelo casarão na rua Santo Antônio.
A Avalanche é admirável em inúmeros aspectos, mas especialmente por conta de seu ritmo de trabalho frenético e pela produção criativa múltipla e sempre muito competente. Eles fazem filmes, vídeos, animações, fotografias, música, instalações, camisetas, serigrafias, pinturas, bottons, maquetes, roupas, bordados, festas, comidas ótimas e drinks tropicais.
Essa avalanche múltipla de talentos está sendo devidamente exibida na Usina do Gasômetro, com diversos trabalhos acontecendo ao mesmo tempo, alguns de bastante complexidade, como de costume em suas produções. Fico cansada só de acompanhar a preparação de tudo o que estará exposto e de ouvir os relatos da montagem, porém sei que o resultado será como sempre: lindo, impactante e inesquecível.
Seja frequentando o casarão da Santo Antônio, visitando as exposições da Galeria dos Arcos e da Lunara, ou assistindo aos filmes na Sala PF Gastal, não há como passar pela experiência Avalanche e não sentir uma golfada de ar fresco, um entusiasmo incontrolável e uma vontade de produzir arte, seja da maneira que for, ou que nossos talentos permitam realizar.
Mariana Xavier
- artista visual, cineasta, Mestranda em Poéticas Visuais pelo PPGAVI-UFRGS e Avalanchista.




quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Paraísos Perdidos Século XX - Mostra produção do coletivo Avalanche

Um dos mais atuantes coletivos de artistas da capital gaúcha, a Avalanche ganha espaço na Usina do Gasômetro a partir de convite da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura. Além de uma mostra de filmes, iniciada já na semana passada e que se estende até 28 de novembro, a Avalanche inaugura no dia 25 de novembro, quinta-feira, às 19h, duas exposições na Usina, uma na Galeria dos Arcos (no térreo) e outra na Galeria Lunara (5º andar).
No mesmo dia, às 21h, a Avalanche lança na Sala P. F. Gastal o seu novo curta, A Mão do Homem Morto, de Matheus Walter e Virgínia Simone, produzido especialmente para a mostra. Esta ocupação de espaços, que atende pelo título Paraísos Perdidos Século XX, é uma oportunidade de ver em ação este criativo e irrequieto grupo de artistas, capitaneado por Virgínia Simone e Matheus Walter (posto antes dividido com Gus Jahn e Melissa Dullius, atualmente radicados em Berlim).

Uma produtora de filmes realizados em bitolas arcaicas como o Super-8 e o 16mm ou um grupo de jovens de aparência insondável, que circulam pela cidade sem pertencer em verdade a nenhum de seus guetos senão ao seu próprio ninho, sito à baixada da rua Santo Antônio? Inclassificável a priori, a Avalanche poderá ter na presente mostra suas criações conferidas em todas as suas frentes e ao mesmo tempo, permitindo ao público um contato amplo com o universo sui generis promovido por seus integrantes. Para além do desgastado rótulo underground, e muito aquém do temerário mainstream, a Avalanche opera e transita entre múltiplas esferas: do cinema à moda, da música ao décor, da fotografia à memorabilia, da festa à labuta. Suas obras apóiam-se em fundamentos estéticos tão variados quanto os registros temporais de suas narrativas audiovisuais.



PARA VER A GRADE COMPLETA DE FILMES DA MOSTRA ACESSE

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Conheça o resultado da seleção para ocupação da Galeria em 2011

Concurso nº 13/2010, Processo nº 01.030608.10.4
Edital para Ocupação da Galeria dos Arcos e da Galeria Lunara / 2011
Resultado da Seleção

A Comissão de Seleção, encarregada de selecionar propostas de exposição para Galeria Lunara e Galeria dos Arcos,
composta por André Venzon, Élson Sempé Pedroso e Carlos Carvalho selecionou, dentre as propostas inscritas, os projetos relacionados abaixo, que serão expostos ao longo do ano de 2011:

Artistas Selecionados para Galeria dos Arcos
Karine Gomes Perez
Luci Leia Kuhn
Simone Blauth
Artistas Selecionados para Galeria Lunara
Edu Monteiro
Elizabeth Rocha
Ivan Delforno Grilo

O júri indicou ainda, como suplente para Galeria Lunara
Letícia Lampert

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ficha de Inscrição para o edital de ocupação das galerias

Voce pode acessar a Ficha de Inscrição abaixo, em duas versões:
Formato jpg para imprimir direto e preencher à mão, ou em word, para copiar e colar.






Anexo I - FICHA DE INSCRIÇÃO



PREFEITURA DE PORTO ALEGRE
SECRETARIA MUNICIPAL DA CULTURA
COORDENAÇÃO DO CINEMA, VÍDEO E FOTOGRAFIA

Concurso para Exposições Fotográficas
Galeria dos Arcos e Galeria Lunara / 2011
FICHA DE INSCRIÇÃO

Nome do Fotógrafo:_________________________________________
Telefone: _________________________________________________
E-mail: __________________________________________________
Endereço: _________________________________________________
Cidade: _____________________________ UF: _____ CEP: ______
Título do Projeto: __________________________________________________

Em caso de inscrição em grupo, informar nome dos outros participantes:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Projeto de exposição para: ( ) Galeria dos Arcos ( ) Galeria Lunara


Porto Alegre, de de 2010.


_______________________________
Assinatura do Fotógrafo

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Galeria dos Arcos recebe exposição Lago, lugar de Vida

A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia recebe, a partir de 19 de outubro, na Galeria dos Arcos (térreo da Usina do Gasômetro) exposição intitulada Lago, lugar de vida, promovida pela Usina do Papel, que apresenta mostra fotográfica e objetos representando a fauna do Guaiba. Além da exposição serão oferecidas outras atividades, como visita guiada, exibição de vídeos, dentre outros. A iniciativa da Usina do Papel, de qualificar as visitas ao Centro Cultural Usina do Gasômetro, oferecendo um olhar mais demorado e sensível ao seu entorno ambiental gerou o projeto Lago Lugar de Vida, lançado em janeiro de 2010, durante o Fórum Social Mundial.
O projeto encontrou a parceria da Assessoria de Educação Ambiental - SMED para oportunizar essa vivência a alunos e professores que atuam no Laboratório de Inteligência do Ambiente Urbano – LIAU, tendo o Atlas Ambiental de Porto Alegre como obra-referência do trabalho. A partir do encontro de formação continuada em Educação Ambiental realizado em abril na Usina, os alunos das escolas Monte Cristo, Presidente Vargas, São Pedro, Saint-Hilaire, Mário Quintana, Villa Lobos, Chico Mendes, Martin Aranha e Anísio Teixeira realizaram visitas guiadas no Gasômetro. Estas culminaram com uma expedição de barco pelo Delta do Jacuí, graças à parceria com o Barco Porto Alegre 10. A EMEF Afonso Guerreiro Lima (LIAU - Cantinho Ecológico - Mais Educação) e a EMEI Ilha da Pintada tiveram atuação destacada. Nelas realizaram-se oficinas de papel reciclado e de papietagem resultando na produção de representantes da fauna característica do Delta, presentes nesta exposição, sendo outros confeccionados na Usina do Papel em oficinas abertas.
Igualmente fundamental foi a parceria da Descentralização da Cultura. A contratação do oficineiro Edson Queiroz ampliou o trabalho realizado em 2009 na Ilha Grande dos Marinheiros, no projeto Boitatá, também da Usina do Papel. Agora a fauna do Lago Guaíba, em réplicas tridimensionais em tamanho natural, ganha expressividade com o uso do papel reciclado artesanal no revestimento.
As imagens do ambiente em que vivem estes animais do Delta e os ilhéus foram gentilmente cedidas pelo fotógrafo Ricardo Stricher. O Professor Luiz Roberto Malabarba, do Curso de Biologia da UFRGS, nos aproxima dos peixes do Guaíba. Painéis ilustrados do Atlas Ambiental de Porto Alegre, cedidas pelo Professor Rualdo Menegat, do Instituto de Geociências da UFRGS, complementam a exposição.
O vídeo, a mediação na exposição e a trilha ecológica resultaram da parceria com a Reserva Biológica do Lami José Lutzenberger.
Celebrando os 18 anos de atuação no Centro Cultural Usina do Gasômetro, a Usina do Papel agradece a todos os que colaboraram com o Projeto Lago Lugar de Vida.

LAGO LUGAR DE VIDA
Programação Completa


Exposição
De 19 de outubro a 7 de novembro de 2010
Galeria dos Arcos da Usina do Gasômetro - térreo
De terças a domingos - das 9 às 21 horas

A fauna do Lago Guaíba, em réplicas tridimensionais em tamanho natural,
produzidas em papel reciclado por alunos das Escolas Municipais Ilha da Pintada e
Afonso Guerreiro Lima e em oficinas abertas, sob orientação de Edson Queiroz,
oficineiro da Secretaria Municipal da Cultura.
Fotos do ambiente natural e dos animais de Ricardo Stricher e de
Luiz Roberto Malabarba.
Painéis ilustrativos do Atlas Ambiental de Porto Alegre

Visitação Monitorada na Exposição
Domingos 24 e 31 de outubro
a partir das 14 horas

Vídeos ambientais
14 de outubro 10 horas
9 de novembro 14 horas
Para alunos do Projeto Usina da Educação e interessados
Sala de cinema P. F. Gastal (3 andar da Usina do Gasômetro)

Trilha Ecológica na Reserva do Lami
04 de novembro
14 horas
Para alunos da E.M.E.F. Monte Cristo

Excursão Fluvial
19 de outubro
14 horas
Para alunos das Escolas Municipais Presidente Vargas, São Pedro,
Mário Quintana, Villa Lobos, Martim Aranha, Anísio Teixeira, Chico Mendes,
Saint-Hilaire, Afonso Guerreiro Lima, Ilha da Pintada e José Loureiro da Silva.

Informações
Fone 3289 8134
usina@smc.prefpoa.com.br

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Galeria dos Arcos recebe grupo "Baita Profissional"



A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura inaugura no dia 9 de setembro, quinta-feira, às 19h, a exposição coletiva Shanghai, reunindo 40 trabalhos de 15 fotógrafos que compõem um grupo que se auto-intitula Baita Profissional. O grupo é formado por Anderson Astor, Andréa Graiz, Carlos Stein, Eduardo Aigner, Edy Kolts, Fábio Del Re, Fabrício Barreto, Fernando Schmitt, Guilherme Ko Freitag, Lucas Cuervo Moura, Marcelo Curia, Paulo Backes, Ricardo Jaeger, Tamires Kopp e Ubirajara Machado, além dos fotógrafos convidados Ricardo “Kadão” Chaves (Editor de Fotografia do jornal Zero Hora) e Raul Krebs (fotógrafo publicitário e baterista).

paulo backes - ying_yang

O detalhe é que em Shanghai não há nenhuma foto de Shanghai. Ninguém foi até lá fotografar.
Na verdade, a pergunta que todos se fizeram foi, “o que fotografar com Shanghai?” A exposição nasceu de uma ideia bem humorada e provocativa, como grande parte das iniciativas dos “baita profissionais”.
Na época do predomínio absoluto da fotografia digital, um de seus membros descobriu à venda na Internet um filme preto e branco chinês de qualidade e marca completamente desconhecidos, chamado Shanghai GP3 100 Pan Film.
Da descoberta veio a provocação: quem gostaria de fotografar com Shanghai?

Andreia Graiz - s/título

Todos os quinze BPs aceitaram o desafio e dois convidados se agregaram em seguida ao projeto.
Por diversão, basicamente.
Para fotografar com um número de poses limitado e sem poder ver a imagem imediatamente.
Para se reunir um dia no laboratório da Casa de Cultura Mário Quintana e revelar os negativos.

Eduardo Aigner - Branco

Todos tiveram liberdade total e quatro filmes (dependendo da câmera usada tinha-se de seis a quinze fotogramas por filme). Cada um escolheu o que fotografar, o equipamento utilizado e a quantidade e o formato das fotos expostas. A única exigência, fio condutor do projeto, era usar o filme Shanghai.
Aos interessados, o grupo Baita Profissional mantém um blog e um site com banco de imagens http://www.baitaprofissional.com.br

Shanghai – Exposição Fotográfica
Grupo Baita Profissional e fotógrafos convidados
9 de setembro a 10 de outubro de 2010
Entrada Franca

Regulamento completo para ocupação da Galeria dos Arcos em 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE
SECRETARIA MUNICIPAL DA CULTURA

Processo administrativo nº 01.030608.10.4
Concurso nº 013/2010


Edital para Ocupação da Galeria dos Arcos e da Galeria Lunara / 2011

REGULAMENTO


A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia, da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre – PMPA, comunica aos interessados que estará recebendo, de 18 a 22 de outubro, na forma da Lei 8.666/93, documentação referente ao concurso Edital para Ocupação da Galeria dos Arcos e da Galeria Lunara / 2011.

1. Finalidade

O presente Regulamento tem por objeto a seleção de até 03 projetos para a Galeria Lunara e de até 03 projetos para a Galeria dos Arcos - ambas localizadas na Usina do Gasômetro – para o ano de 2011, sendo que cada projeto permanecerá em exposição por, no mínimo, 30 dias.

2. Participação

O presente concurso destina-se a fotógrafos em geral (amadores e profissionais).

3. Inscrições

3.1. As inscrições serão realizadas no período de 18 a 22 de outubro, das 9h às 12h e das 14h às 17h, na Coordenação de Cinema Vídeo e Fotografia - Usina do Gasômetro, Avenida Presidente João Goulart, 551, 3º andar, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, CEP 90010-120.

Inscrições encaminhadas via correio deverão ser postadas para o endereço acima, até a data limite da inscrição, 22 de outubro. Não serão aceitas inscrições com data de postagem posterior.

3.2. Os candidatos deverão apresentar, no momento da inscrição:

  • Ficha de inscrição preenchida (em anexo);
  • Portfólio contendo currículo e fotos dos trabalhos a serem expostos.
  • Projeto da exposição, com previsão do número de imagens e respectivas dimensões, para a ocupação da Galeria Lunara ou da Galeria dos Arcos.

Para a seleção podem ser apresentadas cópias em tamanhos convencionais. Ex. 20 x 25 cm.

Deve ser informado, no verso da foto, o tamanho e suporte em que a mesma será apresentada na exposição, caso o projeto seja selecionado.

4. Seleção dos Projetos e Premiação.

4.1. Será designada uma Comissão de Seleção formada por 03 (três) membros, não remunerados, sendo 01 representante da Secretaria Municipal da Cultura e 02 profissionais vinculados ao meio fotográfico, que ficará responsável pela escolha dos projetos dos candidatos.

4.2. A Comissão de Seleção é soberana em suas decisões e obedecerá a critérios como qualidade estética e adequação entre conceito e linguagem.

4.3. Conforme a Lei 8.666/93, art. 9º, os integrantes da Comissão de Seleção não poderão participar do presente Concurso.

4.4.Da decisão da Comissão de Seleção, ao habilitar ou inabilitar os projetos apresentados, caberá recurso administrativo até 05 (cinco) dias úteis após a publicação do resultado no DOPA, protocolado na Coordenação de Cinema, Vídeo e Foto. O recurso apresentado será julgado no prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis.

4.5. O prêmio para os projetos selecionados consistirá em exposição na Galeria dos Arcos ou Galeria Lunara por período de 30 dias.

Parágrafo único

Os períodos de realização das exposições serão definidos posteriormente pela Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da SMC, em comum acordo com os fotógrafos cujos projetos forem selecionados.

5. Devolução dos Trabalhos

5.1.Os portfólios dos fotógrafos não selecionados serão devolvidos de 03 a 12 de novembro de 2010.

5.2.Os portfólios dos artistas não residentes no município de Porto Alegre somente serão devolvidos por correio ao artista que enviar envelope selado para tal finalidade.

5.3.A Comissão Organizadora não se responsabiliza pela guarda do material não retirado no período.

6. Obrigações

6.1. Da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da SMC:

  • Impressão de 500 convites;
  • Envio de convites a autoridades, artistas e fotógrafos;
  • Divulgação institucional da exposição na imprensa.

6.2. Do Fotógrafo:

  • Fornecer as imagens da exposição digitalizadas, currículo e dados para divulgação;

· Fornecer arte-final e fotolitos do convite. (A arte-final deverá ser submetida à aprovação da PMPA e, no convite, deverá constar o logotipo da Prefeitura Municipal de Porto Alegre como realizadora e do DMAE como apoiador).

· Providenciar a montagem e desmontagem da exposição, bem como todo o material necessário.

OBS. A montagem na Galeria dos Arcos não permite furação nas paredes ou uso de fitas adesivas, por tratar-se de prédio tombado.

Caso o artista necessite alterar cor, instalar equipamentos próprios, ou realizar qualquer outra ação que modifique a galeria, tal intervenção deve ser autorizada previamente pela Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia e após o término da mostra a galeria deve ser devolvida nas mesmas condições em que foi entregue.

Caso o artista precise utilizar equipamentos ou dispositivos que necessitem ser ligados e desligados, o mesmo deve providenciar monitoria para a exposição.

7 .Disposições Gerais:

7.1.É vedada a participação de servidores do Município de Porto Alegre, bem como de seus agentes políticos e seus parentes consangüíneos, ou afins, até o segundo grau.

7.2.Conforme disposto no art. 41 da Lei 8666/93, qualquer cidadão é parte legítima para impugnar Regulamento de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar pedido até 5 (cinco) dias úteis da data fixada para abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1° do art. 113.

7.3. As despesas decorrentes do presente Regulamento correrão pelas dotações 1003.2038 e 1003.2042.

7.4. A assinatura da Ficha de Inscrição implica na aceitação total das normas de funcionamento da Galeria dos Arcos e da Galeria Lunara da Secretaria Municipal da Cultura da Prefeitura de Porto Alegre.

7.5. Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Organizadora, observada a legislação pertinente;

8. Esclarecimentos:

Quaisquer esclarecimentos sobre o presente concurso, bem como o fornecimento dos anexos citados no presente regulamento poderão ser obtidos junto à Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura, sita à Usina do Gasômetro, 3º andar, fone (51) 3289 8133 ou (51) 3289 8135, e-mail: salapfgastal@smc.prefpoa.com.br

acesso ao regulamento:

http://www.portoalegre.rs.gov.br/cultura
www.galerialunara.blogspot.com
www.galeriadosarcos.blogspot.com

Porto Alegre, 30 de agosto de 2010.


Sergius Gonzaga

Secretário Municipal da Cultura

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Coletiva de Fotografia na Galeria dos Arcos


A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura inaugura no dia 05 de agosto, quinta-feira, na Galeria dos Arcos da Usina do Gasômetro, a exposição fotográfica tran.s.ver, que reúne trabalhos de nove fotógrafos gaúchos relacionados com a temática "traços, marcas, rastros".

As obras expostas se desenvolveram através de estudos teórico-práticos realizados durante o curso Construção de Repertório em Fotografia Contemporânea, ministrado pela fotógrafa, professora e curadora Jacqueline Joner, numa ousada aposta de ensino respaldada pela Escola de Fotografia Projeto Contato, em Porto Alegre.

Para Jacqueline Joner, “o curso, e como consequência a exposição, são resultado de um aprendizado referenciado na História da Arte e na busca de uma aproximação efetiva com os principais conceitos da MESTIÇAGEM, reunindo apropriação, contaminação e serialização por outros espaços da arte, cruzando linguagens na busca de novos sentidos, característica principal da fotografia hoje. Leva os artistas a uma união do conceito arte/vida unindo tensão no fazer e no mostrar – a poiésis – fincando pé na atualidade. Marco na História da Arte, a Fotografia Contemporânea ocupa hoje destaque internacional como território nas poéticas visuais, na utilização do real e na desmaterializacão deste mesmo real na construção de um novo imaginário.
Contrária à estética do século XIX, como lembra o artista Vitor Burguin, que ainda domina a maior parte do ensino da fotografia, e a maior parte do que se escreve sobre fotografia, o trabalho em semiótica mostrou que uma fotografia não deve ser reduzida a “pura forma”, nem a uma “janela para o mundo”, nem mesmo a uma passagem para a presença de um autor. Um fato de primordial importância social é o de que a fotografia é “um local de trabalho", um espaço estruturado e estruturador dentro do qual o leitor distribui, e é distribuído, por quaisquer códigos com os quais ele tenha familiaridade, de modo a fazer sentido.

A exposição mostra os trabalhos dos fotógrafos Bruna Conforte, Carolina Kazue, Elizabete Rocha, Júlio Appel, Lívia Santos, Roberta Sant'Anna, Simone Blauth, Vinicius Roratto e Walter Karwatzki e leva a assinatura de Jacqueline Joner na curadoria.
A exposição pode ser visitada de terça a domingo, das 9h às 21h
Abertura: 05/08 das 19h00 às 21h00
Período de visitação: 06/08 a 05/09

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Tarcisio Costa expõe na Galeria dos Arcos




Tarcisio Costa apresenta na Galeria dos Arcos, a partir de 24 de junho a exposição Tapumens.

Confira abaixo, texto do artista:

TAPUMENS
Essa série de fotografias faz parte de um trabalho desenvolvido já algum tempo com características bem marcantes usando diferentes suportes de madeira onde procuro relacionar com a imagem, a presença do homem na demolição e reconstrução do seu habitat.
O registro fotográfico acontece em ambientes onde a desordem impera, e o estado caótico reina sossegado e absoluto.
Faz parte também desse trabalho, obter imagens por meio de câmeras fotográficas analógicas possibilitando o manuseio dos filmes e papéis em laboratório convencional P&B onde os negativos são submetidos a todo tipo de intervenções pelo processo químico e pela incidência dosada de outras fontes de luz, além do ampliador. Quanto aos suportes, por exemplo, procuram-se tapumes inutilizados oriundos de construções civis, e vários outros materiais conseguindo com isso, inúmeras possibilidades na composição. Acrescentam-se ainda, diversos elementos como a tinta, betume, parafusos e outros metais que são encontrados em depósitos de ferro velho, além de outros adereços conforme a ocasião possa permitir. Consegue-se com esse resultado, uma inusitada concepção artística para o suporte fotográfico um tanto tosco começando pela captação, manipulação química, montagem nos suportes vivenciando o processo lúdico da reconstrução obtendo, portanto uma linguagem um tanto abstrata.
As primeiras imagens obtidas em laboratório surgiram por acaso na época em que comecei a ministrar aulas de fotografia para alunos de Artes Visuais na Universidade onde leciono ainda na era da fotografia analógica lá pelos idos dos anos 90, onde os acadêmicos tinham como projetos bimestrais, ampliarem suas próprias fotografias. E foi numa ocasião específica que lancei um projeto fotográfico que tinha como tema, “A composição do Caos” que consistia em obter imagens fotográficas das sobras de construções civis e de tudo que não fosse orgânico. No primeiro lote de imagens ampliadas, surgiram inúmeras fotografias com defeitos na ampliação com químicos na tentativa de erros e acerto dos alunos. A maioria das imagens com defeitos, transformava-se numa outra dimensão estrutural devido às interferências indevidas. Dessas fotos defeituosas brotou a inspiração e a idéia de produzir imagens com essa mesma atitude no sentido de dar àquela fotografia, um novo olhar. Consegui com o tempo, produzir dezenas de fotos, mas faltava um suporte mais agressivo que pudesse superar uma modesta moldura ou um painel que simplesmente combinasse com a imagem. Depois de várias tentativas de colagens em tecidos e também em chapas lisas de compensados de madeira, ocorreu-me por acaso colar as fotos nos próprios materiais dos descartes como, por exemplo, os tapumes estraçalhados espalhados pelo canteiro de obras no qual timidamente fui me apoderando e qualificando sua estrutura de acordo com a imagem. Existe registro também no interior de reformas em edifícios públicos onde na época aconteceu uma das maiores exposições de arte que já presenciei e estão presentes em várias obras.
Portanto, o nome Tapumens tem como significado, a casa do homem que são as paredes e o teto, associado com a imagem inserida em sua dimensão que é o seu leito e os metais que significam a estrutura, e a certeza de viver num lugar seguro.
Tarcisio Costa




terça-feira, 25 de maio de 2010

Confira texto de Ricardo Chaves sobre Walter Firmo

A exposição Sem Nomes de Walter Firmo segue na Galeria dos Arcos até dia 13 de junho, de terças a domingos, das 9 às 21h.

Simplesmente imperdível.



Confira texto de Ricardo Chaves sobre Walter Firmo, publicado no Caderno Cultura da Zero Hora do dia 22 de maio de 2010.


___________________________________________

REFLEXO por RICARDO CHAVES

Nos últimos 40 anos andei meio ocupado, mais que tudo fotografando. Agora, recentemente, tenho feito também uma ou outra tentativa de me comunicar através da linguagem escrita. Dentro de redações e cercado de competentes escribas durante esse tempo todo (e quem sabe até por isso), nunca achei ser essa a minha praia. Mesmo diante dessa constatação, não posso negar que foi com alguma alegria e muita apreensão que recebi o convite dos meus colegas para ocupar este espaço assinado, uma vez por mês. O motivo que me leva e encoraja a aceitar semelhante tarefa é o respeito que devo, e desenvolvi, quando o assunto é o que vamos tratar aqui: imagem, especialmente imagem fotográfica. Reflexo de uma vida dedicada à causa.

Reflexo, aliás, tem no Dicionário Aurélio mais de 10 definições. Pode ser “que se volta sobre si mesmo; reflexivo. Como espelho. O que se faz por meio de reflexão; análise”. Pode ser ainda “reação involuntária, sensorial ou motora a um estímulo exterior. Cópia, reprodução, imitação. Aquilo que evoca a realidade de maneira imprecisa ou incompleta”. Enfim, tudo o que eu acho que é, e pode eventualmente ser, a fotografia.
__________
Walter Firmo

Até o dia 13 de junho, aqui em Porto Alegre, na Galeria dos Arcos da Usina do Gasômetro, temos a oportunidade de conhecer o trabalho de um mestre no ofício de fotografar. Lá está uma mostra com 77 fotos de Walter Firmo, esse que considero o mais brasileiro dos caçadores visuais da alma nacional. Justifico minha opinião: Firmo é, como ele mesmo se intitula, um “mulatinho do Irajá”, subúrbio carioca da Central do Brasil. Filho do seu José e da dona Maria, Walter Firmo Guimarães DA SILVA nasceu no Rio de Janeiro, em 1937. Com menos de 20 anos, depois de passar as noites dormindo sobre as aparas de papel na unidade gráfica da Última Hora enquanto aprendia alguma coisa, acabou contratado como fotógrafo do jornal. Em 1960 já estava no Jornal do Brasil e pôde participar da reforma editorial e gráfica, que valorizava a fotografia, promovida por Odylo Costa, filho, e Alberto Dines. Em 1965 foi convocado pela Editora Abril para integrar a equipe que lançou a revista Realidade, publicação que propunha e praticava um fotojornalismo de vanguarda. Firmo brilhou entre os “gringos” Claudia Andujar, George Love, David Drew Zingg, Maureen Bisilliat e o oriundi Luigi Mamprin, também recrutados para garantir a qualidade visual da revista.

Em 1967 e 1968, Firmo estava em Nova York, trabalhando para a Editora Bloch, que publicava, entre outras, a revista Manchete, quando “a ficha caiu”. Uma mensagem de telex vinda do Brasil questionava: “Como vocês puderam adotar um analfabeto, mau profissional e ainda por cima crioulo para trabalhar aí?”. Firmo ficou chocado. Ele, que até então nunca se sentira discriminado... Nunca mais foi o mesmo. Embalado pelas transformações sociais que ocorriam na América, deixou o cabelo “ruim” crescer porque, afinal, entendeu que “black is beautiful”. Voltou ao Brasil para fazer um maravilhoso inventário da presença da raça negra aqui. Colecionou, a partir desse momento, com doçura e dedicação, imagens que atestam o marcante black power na cultura brasileira. Construiu uma obra admirável. Não desperdiçou nenhuma oportunidade de enaltecer seus iguais anônimos ou de correr atrás dos mais famosos, para consagrar, cada um deles, em fotos memoráveis. Hoje é um desses últimos. É certo que Sebastião Salgado é o fotógrafo brasileiro mais conhecido internacionalmente: mora no Exterior e trabalha com maestria temas globais. Firmo atua em casa, mas, junto a quem é da área, tem reconhecimento aqui ou lá fora. Provavelmente ainda menos do que merece.

Quem for até a Usina vai encontrar Pelé, Cartola, Grande Otelo, Pixinguinha, Clementina de Jesus, Mãe Olga do Alaketu, Ismael Silva, Nelson Cavaquinho, Arthur Bispo do Rosário, e, entre outros, seu José, fuzileiro naval, e dona Maria. Vai encontrar também os protagonistas das principais festas populares que acontecem pelo país afora. Na paisagem da cidade ou na rural, sua peculiar sensibilidade congela coloridas cenas que muito revelam sobre nossa terra e nosso povo. Algumas especialmente comoventes. Quando fotografa em preto e branco não é diferente, delicada aula de sutileza que desperta orgulho verde e amarelo.

Fotógrafos, parece, somos todos, hoje em dia. Aproveitemos e visita do mestre para ver como se faz isso, bem. Se de fato vivemos a era da abolição das fronteiras na mídia, e o fim dos especialistas, quem sabe vocês terão sucesso na fotografia. E eu, aqui, como o mais novo escriba.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Passagem de Walter Firmo pela cidade emocionou a todos

A exposição de Walter Firmo, que inaugurou na Galeria dos Arcos na 6ª feira, dia 14 de Maio, trouxe, além de imagens incríveis, a presença do fotógrafo, que com seu carisma e simpatia enacantou a todos.
Confira alguns momentos da passagem de Walter por Porto Alegre nos links abaixo.
De parte da equipe da Galeria podemos dizer que já estamos com saudades.

Aqui Kadão e Walter Firmo - Foto JBotega
quando da visita de Firmo à Editoria de Fotografia de Zero Hora


http://wp.clicrbs.com.br/focoblog/2010/05/14/walter-firmo-na-fotografia-de-zero-hora/

http://festfotopoa.com.br/2010/blog/?p=1681

A exposição pode ser visitada até 13 de junho, das 9 às 21 hs, sempre de terças a domingos.

terça-feira, 11 de maio de 2010

WALTER FIRMO, UM MESTRE DA FOTOGRAFIA BRASILEIRA

14 de maio a 13 de junho de 2010
A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura inaugura na sexta-feira, 14 de maio (um dia após a abertura do evento Maior que a Vida), às 19h, na Galeria dos Arcos da Usina do Gasômetro, a exposição Sem Nomes, do fotógrafo brasileiro Walter Firmo. No dia da abertura da exposição também será lançado o livro Brasil – Imagens da Terra e do Povo, com 260 fotos de Firmo, selecionadas por Emanoel Araújo.

Walter Firmo é uma lenda viva da fotografia brasileira. Carioca de Irajá, 72 anos, com cinco décadas de ação profissional, Firmo finalmente ganha sua primeira exposição em Porto Alegre. Trata-se de uma grande retrospectiva, com 77 imagens pertencentes ao acervo do Museu Afro-Brasil, de São Paulo. As fotografias traçam um painel extenso, que vai desde o cotidiano de negros anônimos, retratos de celebridades como Pixinguinha, Ataulfo Alves, Madame Satã, Pelé, Grande Otelo e Clementina de Jesus, festas populares, fotos de família, entre outras.

Firmo pegou pela primeira vez numa máquina fotográfica aos 8 anos de idade, a pedido do pai, que queria que ele o fotografasse com a mãe, durante um passeio em Recife, e avisou: Não se esqueça de registrar as jangadas ao fundo e não corte as cabeças e os pés. Foi também o pai que lhe disse, numa madrugada, que a fotografia valia mais que mil palavras:

— Acordei com meu pai me dizendo a frase que nunca mais me saiu da cabeça. Quando eu completei 16 anos, vi José Medeiros na revista O Cruzeiro e queria ser ele na aventura jornalística, no ir e vir em que tudo é novidade, fantasia e dinamismo. Foi especialmente o trabalho dele e do Jean Manzon que fez minha cabeça para mergulhar no cenário da fotografia em que me encontro até hoje.


Após a estréia como aprendiz em 1956, na Última Hora usando uma Rolleyflex presenteada pelo pai, Firmo foi para o Jornal do Brasil, que em 1960 passava pela reformulação gráfica implementada por Odylo Costa, filho e Alberto Dines:

— A ida para o JB foi fundamental para a minha vida profissional, pelas mudanças por que ele estava passando e porque lá eu pude executar minhas idéias e testar novos equipamentos, como as câmeras Leica e Nikon. Outro grande privilégio da minha carreira foi ser o primeiro repórter-fotográfico convidado para trabalhar na revista Realidade, em São Paulo.

Firmo estará presente ao coquetel de abertura da exposição, na sexta-feira, 14 de maio, às 19h. A partir de 15 de maio a exposição Sem Nomes pode ser visitada no horário das 9h às 21h, de terças a domingos, até o dia 13 de junho.

Abaixo, texto especialmente escrito por Walter Firmo para o material de divulgação de sua primeira exposição em Porto Alegre:

NA BASE DO PRETO-E-BRANCO
TODA COR SE MANIFESTA

Esta exposição fotográfica, cunhada nas esquinas deste país, foi construída como num jogo de tênis, ponto por ponto. Nos anos que perambulei nas redações de jornais e revistas tive a sorte e o prazer de encontrar alguns mitos na população mais humilde e a enaltecia. E nos sucessivos anos angariei uma galeria de troféus que engrandeceram meu ego de criador pousado entre a ficção e realidade.

Fiz de tudo. Desde a constatação da simples notícia fotografando um buraco na rua, quanto o espanto de uma blitz, até dormir madrugadas sobre papéis da unidade gráfica do jornal Última Hora, matutino onde comecei a carreira foto-jornalística em 1957, aguardando o plantão da redação me chamar, provavelmente para disparar um flash sobre um homem atropelado e morto na rua, um incêndio, ou um entrevero de bêbados na delegacia.

Esta exposição sem nome talvez ateste que seja uma retrospectiva, mas não é. Ela é apenas parte de um enorme corpo que compõe hoje a jornada Walter Firmo, quando, fazendo de tudo, decapito-me, mostrando parte visível de um trabalho ornado nos retratos e algumas decantações poéticas quando livremente pratico o que mais gosto: viajar na geografia humana. E, se fotografei Garrincha, Pelé, Ademir, Sabará, Gerson, Tostão e outros, nem todos estarão aqui; E se desfilei nos reinos das misses saboreando belos flagrantes documentais, elas também não estarão no universo dos arcos deste gasômetro.

Esta mostra teve a curadoria do renomado escultor Emanoel Araújo, artista consagrado internacionalmente e que hoje, em meio a tantos afazeres, sublima a direção do Museu Afro-Brasileiro em São Paulo. Esta é sua terceira edição. A primeira, durante o lançamento do livro Retratos da Terra e do Povo. A segunda, em Salvador, e agora aqui, em Porto Alegre. Na capital de São Paulo ela fez parte das comemorações do dia 20 de novembro, data consagrada à consciência negra.

O negro faz parte de mim e quando tive essa consciência fiz do meu instrumento de trabalho – a oratória do silêncio – um palanque voltado ao vislumbre em mostrar essa sociedade até então invisível, num patamar onde sua existência poética se alinhavasse ao seu trabalho, dança, religiosidade. Uma filosofia visual que transbordasse malemolência, alegria, tolerância, compreensão, aliada a uma dignidade onde a vida vale a pena ser vivida e mostrada.

Este mulatinho do Irajá, subúrbio da Central do Brasil, na excelência da sua negritude cria esse manifesto de honradez civil. Quem sabe caberia titular esta exposição de Sem Nomes, dada a confraria étnica que se debruça nestas paredes sem memória, em sua maioria cidadãos desconhecidos eleitos por mim no ventre do povo, escolhidos numa eleição onde todos são candidatos e que, atores de sua lira diária nas ruas desse Brasil, estarão assim descobertos na sofisticação do simples.

Esta apresentação é uma declaração fotográfica de se retratar o outro em sua expressividade: eu, meus pais, filhos, netos, avós, amigos, enfim, toda uma gama social exercida nesta arte imediata e reprodutiva. O retrato, desde o invento da fotografia, palmilhou a denúncia, reconhecendo verdades e desmontando mentiras.

Sem Nomes é, sobretudo, uma declaração de amor e o afeto que se encerra.


Walter Firmo, maio de 2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Em maio a Galeria dos Arcos estará recebendo Walter Firmo

Em maio seremos presenteados com uma exposição retrospectiva de Walter Firmo, na Galeria dos Arcos.
A exposição trará obras gentilmente cedidas pelo Museu Afro Brasil, contando com curadoria de Emanuel Araujo.

Em breve estaremos divulgando mais detalhes.

Por enquanto, podemos curtir uma das fotos de Cartola, que fará parte da mostra.

terça-feira, 30 de março de 2010

A Galeria dos Arcos recebe XVIII Salão Internacional de Desenho para Imprensa

A Galeria dos Arcos recebe até inicio de maio a exposição dos trabalhos selecionados no XVIII Salão Internacional de Desenho para a Imprensa (SIDI), que foi aberto dia 25 de março.

Confira os premiados:

Ilustração Editorial
Premiado - Horácio Cardo, com "Llegada de Fred a Brindenborch"
Menção Honrosa: Jiang Lindong, com "Great Qin Accent"

Charge
Premiado: Aleksey Kivokourtsev, s/título
Menção Honrosa: Jota A, s/título




Caricatura

Premiado: Hugo Enio Braz, com "Piazzola"
Menção Honrosa: João do Nascimento, com "Keith Richards"

Cartum
Premiado: José Raimundo Costa do Nascimento, com "Subindo na Música"
Menção Honrosa: Sidnei Marques, com "Aquecimento Global"

História em Quadrinhos
Premiado: Odyr Fernando Bernardi, com com "O Jornal"
Menção Honrosa: Gelson R. A. Mallorca, com "A Garagem Hermética"

segunda-feira, 8 de março de 2010

Encontro com Paulo Backes na Sala P. F. Gastal


A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre convida para Encontro com o artista Paulo Backes, dia 9 de março, na Sala P. F. Gastal, às 19h30min, ocasião em que Backes realizará projeção de suas obras.

Até dia 21 de março a exposição de Paulo, Árvores do Sul, pode ser conferida na Galeria dos Arcos.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Paulo Backes na Galeria dos Arcos


A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre inaugura dia 25 de fevereiro às 19h, exposição do artista Paulo Backes, na Galeria dos Arcos (no térreo da Usina do Gasômetro).
A exposição, intitulada Árvores do Sul apresentará uma série de fotografias e lançamento da segunda edição do livro de mesmo nome.

Dia 9 de março, na Sala P. F. Gastal, às 19h30min, Paulo Backes realizará projeção de suas obras e participará de encontro aberto ao público.

Backes convivia com as árvores muito antes de botar as mãos em uma câmera fotográfica. E quando isto aconteceu, foi uma das primeiras coisas que fotografou.
Nas palavras do próprio artista:

Passados 30 anos, elas continuam sempre ao seu redor. Continuei fotografando-as, plantei milhares e fiz livros sobre elas.
Em 1999, expus pela primeira vez na Galeria dos Arcos esse mesmo tema e, na época, chamei o trabalho de Árvores dos Pagos. O foco foi um registro documental das árvores presentes na cultura e no pago meridional.
Na exposição de agora, me propus uma continuação do tema, mas com um conceito editorial e estético diferente, composto de 4 ensaios: OS TRONCOS E RAÍZES; AS ALAMEDAS; NA CIDADE E NO CAMPO; O TEMPO.
A solidez de troncos e raízes;
A beleza cênica das alamedas;
A presença nas cidades e no campo;
O tempo climático e da existência;
A relatividade dessa existência no tempo e no espaço.
O cenário? A paisagem do sul, natural ou cultural, mas sem limites fronteiriços, pois o espaço de cada espécie não respeita nossa geopolítica. Cada uma vive onde o ambiente lhe for favorável: algumas brotando naturalmente, outras plantadas.
Nativas e exóticas, naturais ou cultivadas. Nossa cultura paisagística se referencia nas árvores


PAULO BACKES
Árvores do Sul

Abertura 25 de Fevereiro de 2010 – 19h
Visitação de 26 de fevereiro a 21 de Março de 2010
De terças a domingos das 9 às 21h
saiba mais em

www.paulobackes.com.br
paisagemdosul@paulobackes.com.br/expoarvoresdosul

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Exposição fotográfica apresenta tradições da cultura Quilombola no país

Após visitar mais de 15 cidades brasileiras, chega a Porto Alegre a exposição Quilombolas - Tradições e Cultura da Resistência, no próximo dia 08 de janeiro, no Centro Cultural Usina do Gasômetro - Galeria dos Arcos.

O registro fotográfico, inédito, realizado pelo fotógrafo documentarista André Cypriano em negativo convencional preto-e-branco tratado digitalmente, é resultado da pesquisa de campo em 11 comunidades negras remanescentes dos quilombos no Brasil, incluindo o Quilombo de Mumbuca, em Mateiros.A mostra pretende divulgar a realidade das comunidades quilombolas brasileiras e incentivar o diálogo entre as comunidades afrodescendentes de cada região do país por onde passa, dando-lhes visibilidade e enfatizando as questões sociais, culturais, reconhecimento e participação social.A exposição, que em Porto Alegre tem o patrocínio da Petrobras, é composta por 27 fotografias em preto-e-branco, no formato 50 cm x 75 cm; sete fotografias panorâmicas, no formato 40 cm x 110 cm, seis fotografias em preto-e-branco 30 x 40 cm, dois mapas, cinco painéis de textos e legendas.
A mostra que se iniciou em 2007, foi concebida inicialmente para poucas cidades. No entanto, devido ao interesse de público e órgãos institucionais de cultura, a mostra já circulou por 15 cidades brasileiras e oito cidades da América Latina - Assunção, Buenos Aires, Montevidéu, La Paz, Lima, Bogotá, Quito e Caracas. Nesta nova fase, estão programadas 15 exposições em todo o País, entre elas Maceió (AL - 26/01), Rio Branco (AC - 02/02), Juazeiro do Norte (BA - 06/02), entre outras.

A curadoria da exposição é de Denise Carvalho, produtora cultural e diretora da Aori Produções Culturais, empresa realizadora do projeto. O material original faz parte do livro Quilombolas - Tradições e cultura da resistência, com fotografias de André Cypriano e pesquisa de Rafael Sanzio Araújo dos Anjos.

SERVIÇO:

Exposição Quilombolas - Tradições e Cultura da Resistência

Local:
Centro Cultural Usina do Gasômetro
Galeria dos Arcos
Av. Pres. João Goulart, 551 - Porto Alegre
(51) 3289-8133 / 8135

Abertura:
08 de janeiro de 2010, às 19h

Visitação:
De 09 de janeiro a 07 de fevereiro de 2010
Terça a domingo das 10h às 22h
Entrada Gratuita

Patrocínio:
Petrobras

Apoio Institucional:
Ministério da Cultura
Secretaria Especial de Políticas para a Igualdade Racial - Seppir
Fundação Cultural Palmares
Prefeitura Municipal de Porto Alegre
Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre
Centro Cultural Usina do Gasômetro