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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

... existem antiquários hoje em mim


Paraísos Perdidos Século XX

Uma pequena mostra do lifestyle da Avalanche
através de fotos, vídeos e objetos.


abertura dia 25 de novembro, às 19h30m

Galeria dos Arcos


a Galeria Lunara, no 5º andar também trará
trabalhos do coletivo Avalanche
e a Sala P F Gastal apresenta Mostra de Filmes
confira em



AVALANCHISMO

O coletivo de artistas Avalanche é de difícil definição: em primeiro lugar porque coletivo de artistas é pouco, eles são muito mais do que isso. Segundo porque tentar transpor para um texto a experiência Avalanche é reduzir a palavras a criatividade e a produção non-stop destas pessoas tão interessantes e talentosas.
Primeiro conheci o Gustavo Jahn e a Sissa Dullius. Éramos colegas da faculdade e formamos um grupo de amigos que queria realizar filmes em Super-8. O tempo foi passando, seguimos produzindo, ampliando nossos horizontes para outras técnicas e mesmo outros lugares. Aí um dia, eu vi o filme Eternau (2006). Acompanhei muito pouco da produção do filme (embora tenha tido a honra de ter feito a dublagem de uma fala em árabe) e daí o assisti como uma espectadora comum.
Nunca vou me esquecer do baque colorido e pop daquele filme feito com o supremo esforço de seus realizadores, porém tornado inesquecível pelo deleite visual, a narrativa surpreendente e pelas atuações vibrantes. E ao mesmo tempo que foi uma alegre surpresa ver um filme dirigido pelo Gustavo com um apelo tão popular (seus filmes anteriores tinham um viés mais intimista), me dei conta que ali tinha a mão de outro casal: Virgínia Simone e Matheus Walter.
Fora uma deliciosa amizade conquistada através dos anos, olho com muita admiração para esses dois (e também para os demais Avalanchicos: Carlos Dias, Antonio de Paula, Lia Letícia, Rochelle Zandavalli, só para citar alguns nomes). Além da equipe Avalanche supracitada, tem também os Avalanchistas: groupies ou colaboradores eventuais que, como eu, circulam pelo casarão na rua Santo Antônio.
A Avalanche é admirável em inúmeros aspectos, mas especialmente por conta de seu ritmo de trabalho frenético e pela produção criativa múltipla e sempre muito competente. Eles fazem filmes, vídeos, animações, fotografias, música, instalações, camisetas, serigrafias, pinturas, bottons, maquetes, roupas, bordados, festas, comidas ótimas e drinks tropicais.
Essa avalanche múltipla de talentos está sendo devidamente exibida na Usina do Gasômetro, com diversos trabalhos acontecendo ao mesmo tempo, alguns de bastante complexidade, como de costume em suas produções. Fico cansada só de acompanhar a preparação de tudo o que estará exposto e de ouvir os relatos da montagem, porém sei que o resultado será como sempre: lindo, impactante e inesquecível.
Seja frequentando o casarão da Santo Antônio, visitando as exposições da Galeria dos Arcos e da Lunara, ou assistindo aos filmes na Sala PF Gastal, não há como passar pela experiência Avalanche e não sentir uma golfada de ar fresco, um entusiasmo incontrolável e uma vontade de produzir arte, seja da maneira que for, ou que nossos talentos permitam realizar.
Mariana Xavier
- artista visual, cineasta, Mestranda em Poéticas Visuais pelo PPGAVI-UFRGS e Avalanchista.




quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Paraísos Perdidos Século XX - Mostra produção do coletivo Avalanche

Um dos mais atuantes coletivos de artistas da capital gaúcha, a Avalanche ganha espaço na Usina do Gasômetro a partir de convite da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura. Além de uma mostra de filmes, iniciada já na semana passada e que se estende até 28 de novembro, a Avalanche inaugura no dia 25 de novembro, quinta-feira, às 19h, duas exposições na Usina, uma na Galeria dos Arcos (no térreo) e outra na Galeria Lunara (5º andar).
No mesmo dia, às 21h, a Avalanche lança na Sala P. F. Gastal o seu novo curta, A Mão do Homem Morto, de Matheus Walter e Virgínia Simone, produzido especialmente para a mostra. Esta ocupação de espaços, que atende pelo título Paraísos Perdidos Século XX, é uma oportunidade de ver em ação este criativo e irrequieto grupo de artistas, capitaneado por Virgínia Simone e Matheus Walter (posto antes dividido com Gus Jahn e Melissa Dullius, atualmente radicados em Berlim).

Uma produtora de filmes realizados em bitolas arcaicas como o Super-8 e o 16mm ou um grupo de jovens de aparência insondável, que circulam pela cidade sem pertencer em verdade a nenhum de seus guetos senão ao seu próprio ninho, sito à baixada da rua Santo Antônio? Inclassificável a priori, a Avalanche poderá ter na presente mostra suas criações conferidas em todas as suas frentes e ao mesmo tempo, permitindo ao público um contato amplo com o universo sui generis promovido por seus integrantes. Para além do desgastado rótulo underground, e muito aquém do temerário mainstream, a Avalanche opera e transita entre múltiplas esferas: do cinema à moda, da música ao décor, da fotografia à memorabilia, da festa à labuta. Suas obras apóiam-se em fundamentos estéticos tão variados quanto os registros temporais de suas narrativas audiovisuais.



PARA VER A GRADE COMPLETA DE FILMES DA MOSTRA ACESSE