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terça-feira, 22 de julho de 2014

O JARDIM DE LEANDRO MACHADO

 A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria da Cultura de Porto Alegre inaugura em 24 de julho de 2014, às 19h, a exposição O Jardim, de Leandro machado, que ocupará a Galeria dos Arcos (térreo da Usina do Gasômetro) até 14 de setembro.
Leandro  estará apresentando, nesta exposição,  seu jardim particular, formado por fotografias e instalações com plantas ornamentais e outros objetos da natureza.
Leandro é formado em Artes Plásticas – Bacharelado e Licenciatura pela UFRGS, com especialização em Saúde Mental (Hospital Psiquiátrico São Pedro), tendo realizado Residência Integrada em Saúde na Escola de Saúde Pública em 2007.  Já realizou individuais na Casa de Cultura Mário Quintana (1998 - Fragmentos); Galeria Iberê Camargo (2004 - NEGRO BLACK NOIR); Atelier Subterrânea (2007 - Deslocamento, trajeto e percurso). Galeria Arte e Fato (2011 – Ferpa no Coração) e Jabutipê (2012 -  O paraíso fica bem perto do inferno), além de várias exposições coletivas.


Nas palavras do artista:
O jardim, ocupando o pátio por completo, acessa o interior da casa pelas janelas, portas e frestas. O corpo [esta casa onde existo] também se vê habitado por ele. As plantas ligam o lugar onde moro a outros lugares [e pessoas a outras pessoas e lugares].
Do reino vegetal, tão complexo e numeroso, desconheço quase que a totalidade [ainda que me refira apenas às espécies que habitam os mesmos territórios aonde, com frequência, vou e venho – a vila Pitinga, a cidade de Porto Alegre, a Grande Porto Alegre e algumas localidades da região leste do Rio Grande do Sul]. O que faço é distinguir e comparar cores, texturas, tamanhos, cheiros, flores e frutos, a outros já vistos. Mesmo tendo a noção do tamanho da minha ignorância frente a este assunto [e a outros tantos], não vejo como impedimento conversar sobre o que desconheço.
Tendo a liberdade que a Arte permite, aproximei palavras que exprimem sentimentos, estados de espírito e imagens de plantas. Instigado pela ideia de que se as plantas em geral nos remetem a beleza, a ternura, a vida [numa leitura romantizada e distante], as palavras que tentam traduzir as reações humanas situam-se entre o abominável e o sublime. Então como seria um diálogo desta ordem - de relações harmônicas e contraposições, de tensionamentos em maior ou em menor grau? Na tentativa de desdobrar o pensamento inicial, alargando os sentidos do discurso e as possíveis leituras, me coloquei na busca por uma interação de um modo mais direto com a terra e as plantas.
O uso da imagem, da escrita e de alguma poesia são recursos que me ajudam a entender esta contradição que sou eu.
Sobre as plantas, assim como sobre a vida, ainda sei tão pouco [com partes de sol e sombra].


O Jardim
Leandro machado
Abertura 24 de julho, às 19h
Visitação até 14 de setembro, de terças a domingos
Galeria dos Arcos - térreo da Usina do Gasômetro
Informações: 3289 8133