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quinta-feira, 14 de junho de 2012

GAME OVER

Conheça um pouco do movimento iniciado na Tunisia, retratado na mostra Expressões da Revolução, em exibição na Galeria dos Arcos.

Verdadeira Desobediência Civil: fotos da Revolução de Jasmim da Tunísia


No começo de 2011 na Tunísia, poucas pessoas previam o extraordinário desenrolar da cadeia de eventos que estava prestes a acontecer. No dia 14 de janeiro, depois de 23 anos no poder, o presidente Zine El Abidine Ben Ali, que até então parecia intocável, foi desonrosamente derrubado por um exército desarmado de tunisianos que simplesmente não podiam mais suportar seu mandato corrupto e repressivo. Após um mês de protestos, o presidente e sua família fugiram, supostamente levando consigo grande parte da riqueza do país. Eles encontraram um refúgio conveniente, fora do alcance da justiça tunisiana, na Arábia Saudita.

Aproximadamente 300 tunisianos pagaram com a vida pela sua expulsão, na sua maioria mortos a tiros pelas forças de segurança que usavam munição de verdade. A repercussão desse memorável dia 14 de janeiro de 2011, quando banners de jovens proclamavam corretamente GAME OVER - Fim de Jogo, ainda ressoa por todo Oriente Médio, África do Norte e para além.
A revolução tunisiana introduziu um novo tipo de movimento popular, que não é guiado por ideologias fixas de cunho religioso, de nacionalismo árabe, comunista ou de qualquer outro tipo. Os tunisianos que se levantaram esmagadoramente contra as armas para defender a mudança, pediam por empregos, igualdade, o direito de escolher seu governo e pela liberdade de expressão. Eles lutavam por esses direitos de maneira pacífica, mas no entanto foram confrontados com brutalidade. Assim como em outras áreas da região, a população predominantemente jovem, que se sentia ter pouco a perder, deixou o medo de lado e lutou por seus direitos. Seus gritos por “dignidade humana” logo ressoaram nas ruas do Egito.
Nesta mostra, cinco fotógrafos ativistas capturam a essência da ‘Revolução de Jasmim” da Tunísia: 28 dias históricos de resistência civil pacífica provocados pela auto-imolação de Mohamed Bouazizi. Além de imagens cativantes da histórica primeira eleição na Tunísia, desde a queda do presidente Ben Ali.

As imagens de Augustin Le Gall, Nesrine Cheikh Ali, Ezequiel Scagnetti, Lilia El Golli, e Naim Gharsalli se espalhadam por todo mundo através de plataformas sociais de mídia.
Com Dr Lotfi Kaabi como curador, essa mostra é dedicada ao povo que encarou seus medos para exigir seus direitos humanos e liberdade.


(Demetrio Portugal - Curador da Mostra)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Galeria dos Arcos recebe mostra Expressões da Revolução

A Mostra Expressões da Revolução integra-se à programação oficial do I Democracine com o objetivo de debater e dar visibilidade aos movimentos revolucionários que vem varrendo o norte da África ao longo dos últimos meses.

Formada por três exposições de arte – na Galeria Lunara, Galeria dos Arcos e Galeria Iberê Camargo, a mostra Expressões da Revolução foi concebida especialmente para o I Democracine pelo produtor Demétrio Portugal. Portugal é diretor do Matilha Cultural, centro cultural independente de São Paulo que foi o primeioro espaço no Brasil a estabelecer um intercâmbio com os protagonistas desses movimentos, notadamente artistas e ativistas políticos da Tunísia e do Egito.
A partir de uma rede de contatos com os principais artífices da chamada Primavera Árabe, a curadoria de Demétrio Portugal propõe aos espectadores um mergulho na primeira grande onda revolucionária do novo milênio em prol da democracia.

As exposições terão abertura dia 13 de junho, às 19h, e apresentarão um grande apanhado das manifestações revolucionarias do Egito e da Tunísia, um material que apresenta a densidade da onda-matriz de transformação por levantes pacifistas e laicos seguidos de suas demais ocorrências pelo mundo.

Sua estética agressiva avança em nossos sentidos, desafia a tecnologia, os meios de comunicação, as redes sociais, além das noções que temos de ética, humanidade, relações de poder e paz.
Logo, tornar possível que as pessoas percebam as “forças” que surgem com a crise para redesenhar a geopolítica, as relações culturais e humanas é onde se encontra os detalhes cruciais da tal “beleza”. Uma arte “contextual” onde as obras são provas documentais e também cúmplices atuantes das mudanças no seu contexto.
Um projeto que, para atender ao princípio vivo de obras-cavalos-de-tróia, acaba incorporando o papel de articulador ao curador para levar adiante as ações e diálogos que interligam Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, no esforço de manter a sincronia com as outras parte do mundo e a internet durante este mês de Junho, tão atribulado de encontros internacionais.

Os destaques vão para as obras de Ahmed Basiony – que representou o Egito revolucionário na Bienal de Veneza; Ganzeer – jovem artista gráfico e artista urbano do Cairo, Aalam Wassef – multi-artista e pensador das organizações em rede e táticas on- line, Lotfi Kaabi – articulador para os debates constitucionais da Tunísia e ativista cultural e Mohamed Allam – curador do Festival Medrar de novos diretores de cinema do Cairo.

PROGRAMAÇÃO EXPOSIÇÕES
Expressões da Revolução – de 13/06 a 14/07 na Usina do Gasômetro

GALERIA IBERÊ CAMARGO

30 dias correndo sem sair do Lugar
de Ahmed Basiony com curadoria de Shady El Noshokaty.

Obra Exposta na Bienal de Veneza 2011 que faz menção aos 30 anos de ditadura do Mubarak. O artista e ativista faleceu em confronto com a polícia do Cairo durante os protestos da praça Tahir. Basiony tinha 31 anos e morreu enquanto filmava as manifestações.
Quando eclodiram as manifestações populares no Egito, as informações que conseguiam chegar até o ocidente eram muito poucas e contraditórias, seja pelo aparato repressivo, seja pelo distanciamento das agências internacionais de notícia ou pela própria precaução dos ativistas em
não se deixarem revelar.
Já no primeiro dia de manifestações ocorreram dezenas de baixas, mas foi a comoção geral em torno do artista Ahmed Basiony, morto por um franco atirador, que fez seu nome transformar-se num “farol”.
A verdade crua que o envolvia, por um lado, nos revelou uma cena cultural intensa, diversa e com uma forte história de resistência, e por outro, incentivou muitos egípcios a irem a luta ainda com mais gana.
A sua figura martirizou-se em stencils nas ruas, em cartazes, no facebook, na blogsfera e assim por diante, até que seu nome foi indicado para a bienal de Veneza em 2011 a partir da curadoria executiva de Shady El Noshokaty convidado do Democracine.

GALERIA DOS ARCOS

O Grande Desafio - coletiva de fotos Tunisiana sobre o processo de revolução até as eleições no país curada por Lotfi Kaabi, em parceria com a Anistia Internacional – Londres.
Fotos de Augustin Le Gall, Nesrine Cheikh Ali, Ezequiel Scagnetti, Lilia El Golli, e Naim Gharsalli

Ganzeer - Ilustrações e intervenções urbanas de Graffiti
Tahrir!
Coletiva de fotos sobre os conflitos na praça do Cairo até a queda de Mubarak organizado por Noura Begat em parceria com a The Photographic Gallery – AUC American University of Cairo.

Fotos de Amr Abdallah, Ahmed Abdel Latif, Nabeela Akhtar, Roger Anis, Omair Barkatulla, Fady Ezzat, Ashraf Foda, Ramy Georgy, Thomas Hartwell, Ahmed Hayman, Iman Helal, Mohamed Helal, Magdy Ibrahim, Mahmud Khalid, Heba Khalifa, Mohamed El Maymouny, Gehan Nasr, Randa Shaath, Lobna Tarek, Doha Al Zohairy.

GALERIA LUNARA

Na Galeria Lunara estará reunido um rico apanhado sobre as táticas e obras envolvidas no processo de revolução, destaque para o trabalho do artista Aalam Wassef, reconhecido internacionalmente.

Vídeo arte e media ativismo - info vídeo sobre os processos revolucionários na Primavera Árabe, indignados e occupy desenvolvido pelo coletivo paulista BijaRi, além de manifestações de stencil graffiti das ruas do cairo, cartilhas ensinando revolta não violenta, vídeos contextualizadores, etc.

Esta edição do projeto é
desenvolvida por:
Demétrio Portugal
Raquel Ribeiro Borges
Maged El Gebaly
Coletivo Bijari
Mundo.ag
Esta edição tem parceria:
Prefeitura de Porto Alegre
Usina do Gasômetro
MatilhaCultural
Planet Art eXchange
Anistia Internacional
IdeC - Institut de Citoyenneté
AUC - American Univerity of Cairo
Festival In-Edit
Vice Magazine
IDS Brasil
Apoio total desde a primeira edição
MatilhaCultural.com.br

MOSTRAS EXPRESSÕES DA REVOLUÇÃO

GALERIA LUNARA (5º andar)
GALERIAS IBERE CAMARGO E DOS ARCOS (térreo)
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Abertura dia 13 de junho de 2012 às 19h
Visitação até 15 de julho, das 9 às 21 horas - entrada gratuita


Informações Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
F. 3289 8135 / 3289 8133
www. galeriadosarcos.blogspot.com
www.salapfgastal.blogspot.com
www.democracine.com.br